A equipe da Graham Beck busca, apaixonadamente, a perlage perfeita. Uma taça de espumante contém aproximadamente sete milhões de bolhas – quanto mais finas e delicadas, maior a chance de o vinho desenvolver os complexos sabores necessários. Ou seja, quanto menores as borbulhas, melhor é o vinho. As minúsculas bolhas dos espumantes da Graham Beck fizeram com que um deles, o Brut NV, fosse o escolhido para a posse de Nelson Mandela e para a celebração da vitória presidencial de Barack Obama.

Na África do Sul, os espumantes produzidos com os mesmos métodos usados na região de Champagne são chamados de espumantes Cap Classique – que devem passar, no mínimo, nove meses em contato com as leveduras. A Graham Beck produz diferentes estilos de Cap Classique. Dentre eles, está o Brut Rosé 2013 (safrado), disponível na VM Vinhos, que chega a ficar 40 meses com as leveduras.

O mestre de adega da Graham Beck, Pieter Ferreira, é carinhosamente conhecido como Mr. Bubbles (“Sr. Borbulhas”). Presidente da Cap Classique Producers Association (CCPA), ele tem um caso de amor ao longo da vida com todas as coisas borbulhantes e busca incessantemente a perlage perfeita. Está na equipe desde a primeira safra e tem contribuído para consolidar a vinícola como um dos principais produtores de espumantes do mundo. Para ele, o que define um Cap Classique verdadeiramente notável é muito simples: o pedido pela segunda garrafa.

Pieter faz uma curiosa relação entre a invenção do Champagne e a história da Graham Beck. Conta a lenda que, quando Dom Pérignon inventou a bebida, disse que estava provando as estrelas. Da mesma forma, os astros luminosos também fazem parte do início da vinícola sul-africana. Pieter conta que a primeira safra foi, literalmente, feita sob as estrelas: nesse momento, o teto da adega ainda não havia sido erguido!